Selic a 14,75%: A maior taxa desde 2006
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou a elevação da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano. Este é o sexto aumento consecutivo, levando a Selic ao maior patamar desde agosto de 2006.
A decisão foi motivada por pressões inflacionárias persistentes, especialmente nos preços de alimentos e energia, além da desancoragem das expectativas de inflação.
Segundo o último Boletim Focus, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 está em 5,53%, acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.
Sinal de Pausa: O que vem depois do ciclo de alta?
No comunicado, o Copom sinalizou que esta pode ser a última alta antes de uma pausa no ciclo de aperto monetário, destacando sinais de moderação do crescimento econômico e incertezas internacionais, especialmente relacionadas à política comercial norte-americana.
Fed mantém juros nos EUA: Cautela em meio à incerteza global
Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos optou por manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, adotando uma postura cautelosa diante das incertezas econômicas globais.
A recente contração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e as pressões inflacionárias decorrentes das tarifas impostas pelo governo Trump contribuíram para a decisão de manter os juros inalterados.
O presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou a necessidade de mais clareza sobre os rumos da economia antes de considerar cortes nas taxas de juros, destacando que a prioridade é garantir que a inflação esteja sob controle.
Efeitos no mercado: dólar, renda fixa e alocação de portfólio
No mercado, a elevação da Selic pode reforçar o interesse por investimentos em renda fixa no Brasil, enquanto a manutenção dos juros nos EUA pode levar a uma valorização do dólar frente a outras moedas.
Investidores estarão atentos às próximas sinalizações do Copom e do Fed para ajustar suas estratégias.
E você, como avalia as decisões do Copom e do Fed? Quais os impactos esperados para a economia e os investimentos nos próximos meses?