A inflação medida pelo IPCA, nosso principal indicador de preços ao consumidor, registrou alta de 0,16% em março de 2024. O resultado mensal levou o índice para 3,93% no acumulado em doze meses, desacelerando em relação aos 4,50% registrados em fevereiro.
A queda na medida acumulada em doze meses foi também beneficiada pela dinâmica chamada “efeito base”. Ou seja, pelo fato da inflação registrada há um ano ter ficado mais próxima do observado nesse ano – resultando, portanto, em uma variação menor.
Alimentos e normalização de ajustes de fevereiro contribuem para a inflação mais baixa em março
O resultado de março veio levemente abaixo do esperado pela maior parte dos analistas, marcando uma desaceleração em relação a fevereiro. Em março, vimos a dissipação dos efeitos de alguns fatores que marcaram a alta de preços no mês anterior. Entre eles, vale o destaque para mensalidades de escolas e universidades privadas (que subiram 0,1% depois de alta de 5% em fevereiro) e para os preços de combustíveis – que variaram 0,2% em março após subirem 2,9% com elevação da tributação implementados no mês anterior.
Na mesma linha, a categoria “combo de telefonia, internet e tv por assinatura” registrou estabilidade em março, com preços no “zero a zero” após reajustes anuais implementados em fevereiro impulsionarem a inflação da categoria em 3,29%.
Por outro lado, os preços de “cinema, teatro e concertos” mais do que devolveram a queda resultado da “semana do cinema” de fevereiro, registrando alta de 5,1% em março frente deflação de 4,5% no mês anterior.
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