Risco é o grau de incerteza em relação à rentabilidade de um investimento. Isso significa a chance de um investimento dar um retorno abaixo do esperado, de se perder tudo o que foi investido ou, em casos extremos, de a perda ultrapassar o valor do investimento original.
Notem que risco é o grau de incerteza, logo não podemos afirmar que mais risco resultará em mais retorno. Se assim fosse, bastaria você injetar mais em risco e tudo certo, você teria mais retorno. Existe incerteza com relação a esse “mais retorno”.
A figura abaixo extraída de uma das obras de Marks adiciona uma distribuição de probabilidade em cima da linha comumente utilizada na relação de risco/retorno e isso esclarece muita coisa, acreditem.
Outro ponto é que apesar de o mercado financeiro, muitas vezes, utilizar risco como sinônimo de volatilidade, para Howard Marks (uma das minhas referências no assunto) risco seria a volatilidade negativa, afinal ninguém se preocupa com oscilações positivas.
O risco é um dos fatores a ser considerado pelos investidores na hora de escolher um tipo de investimento, ao lado da rentabilidade (retorno esperado) e do prazo de retorno (liquidez). Sempre haverá um tradeoff entre risco, retorno e liquidez, é o que eu chamo de tripé dos investimentos, conforme figura abaixo.
A rentabilidade está sempre associada ao risco, e cabe ao investidor definir o grau de risco que está disposto a correr na tentativa de obter uma maior lucratividade.
Por fim, dentre tantas lições de Marks, o preço importa. Pode haver ótimos ativos, que se pagarmos caro por eles resultam em um mau negócio. Por outro lado, pode haver péssimos ativos, que se pagarmos barato por eles resultam em um bom negócio. Então o nível de preços é importante, quanto mais barato, mais convexo (assimetria positiva).
Existem 5 tipos de riscos principais, saiba quais são eles:
1- Risco de mercado: Oscilações negativas no preço dos ativos. Para evitar esse risco, o investidor precisa diversificar suas aplicações entre diferentes classes de investimentos;
2- Risco de liquidez: Não conseguir sair do seu investimento ou sair com muito pênalti. Uma parte das suas aplicações deve ser direcionada para o longo prazo, para que você possa investir em produtos de menor liquidez e se beneficiar do maior retorno que eles oferecem. Porém, uma parte deve haver liquidez para honrar compromissos ou eventuais emergências.
3- Risco de crédito: Risco que se corre de não haver pagamento de uma obrigação por parte da instituição contratada, risco de insolvência.
4- Risco operacional: É risco de errar uma ordem de compra ou venda, preenchimento de uma boleta, etc…;
5- Risco legal: Está associado à legalização de contratos e cláusulas, jurisdições, leis, etc…
Espero ter esclarecido um pouco mais sobre esse assunto e como eu o vejo. Risco é uma das áreas mais mal compreendidas do mercado financeiro!