Historicamente, o Brasil apresenta uma taxa Selic elevada, o que atrai investidores para produtos de renda fixa. Na última reunião do Copom, realizada na semana passada, a Selic se manteve no patamar de 10,50%, com a perspectiva de que continue assim até o fim de 2024.
Justificativa do Copom para selic a 10,50%
O Copom justificou a pausa argumentando que “o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela.”
Além disso, reforçou o cuidado quanto aos próximos passos da política monetária: “Eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.”
Como ficam os investimentos em renda fixa?
Este cenário corrobora a atratividade dos ativos atrelados à inflação (IPCA+), visando o médio e longo prazo, principalmente considerando que esses títulos podem trazer ganhos com a marcação a mercado e ainda mantêm a previsibilidade caso o investidor os mantenha até o vencimento, recebendo a taxa contratada na compra.
Os ativos prefixados de curto e médio prazo também ganham destaque, visto que hoje negociam em níveis superiores à Selic atual, devido ao aumento na curva de juros futuros.
Vale ressaltar que, mesmo com os cortes recentes e esperados, as taxas de juros nominais permanecem elevadas, acima de dois dígitos, o que acaba trazendo maior atratividade para papéis atrelados à própria Selic (CDI), importantes na construção da sua reserva de emergência.
É fundamental considerar o seu perfil de investidor e as alternativas de alocação ao tomar sua decisão.