Energia fotovoltaica: o que é, como funciona e por que investir?

O aquecimento global já é uma realidade. O sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indica que as alterações climáticas geradas pelo ser humano estão causando perturbações perigosas e generalizadas na natureza.

A busca por energia no carvão, no petróleo, gás natural e usinas nucleares é comum, mas foi possível perceber que esses meios não são sustentáveis e tendem a agravar os danos ao planeta. Logo, a produção de energia limpa passou a se destacar — a exemplo da energia fotovoltaica.

Caso você ainda não saiba o que é energia fotovoltaica, essa é a sua oportunidade de aprender mais a seu respeito e analisar se vale a pena investir nesse setor. Confira!

O que é a energia fotovoltaica e como ela funciona?

A energia fotovoltaica é o tipo de energia captada a partir da luz do sol — também conhecida como energia solar fotovoltaica. Ela funciona por meio de painéis solares que transformam a luz do sol diretamente em energia elétrica.

Isso acontece devido ao chamado efeito fotovoltaico. Em geral, ele acontece no interior de uma placa solar, criando uma corrente elétrica em um material semicondutor — como o silício (Si) — após a sua exposição à luz solar.

Contudo, para ser usada no abastecimento de casas, prédios, empresas e comércios, a corrente elétrica precisa ser convertida por um inversor solar. Trata-se de um equipamento que adapta a corrente contínua (CC) produzida para a corrente alternada (CA) de consumo.

No mercado, é possível encontrar 3 tipos de sistemas fotovoltaicos voltados à geração de energia elétrica. São eles:

On grid: são sistemas fotovoltaicos instalados em casas e prédios, conectados à rede elétrica. Eles recebem a produção excedente durante o dia e fornecem energia elétrica à noite;

Off grid: são aqueles que não estão ligados à rede elétrica convencional. Portanto, eles utilizam baterias que armazenam a energia para consumo, fornecendo-a quando há demanda;

Híbrido: mescla os dois sistemas anteriores. Ou seja, ele está conectado à rede elétrica, alimentando o imóvel de dia e à noite, além de contar com baterias que armazenam a energia produzida.

Qual o cenário do setor da energia no Brasil?

Para saber mais sobre a energia fotovoltaica, é preciso entender o segmento energético no Brasil. No país, o setor de energia é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Trata-se de uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Entre as suas funções estão: estabelecer tarifas, emitir concessões, criar políticas de exploração de energia elétrica, etc. Logo, todas as companhias que atuam nesse segmento estão sujeitas às normas e regras criadas pela ANEEL, bem como precisam de sua autorização para operar no país.

Nesse contexto, o setor é dividido em 3 principais atividades:

Produção;

Transmissão;

Distribuição.

Como o nome demonstra, a primeira atividade envolve a produção de energia elétrica. No país, a principal fonte de energia são as usinas hidrelétricas. Porém, por serem menos poluentes, fontes como a energia eólica e solar estão ganhando destaque.

A segunda atividade envolve a transmissão da energia produzida. Empresas que atuam nesse segmento levam a energia dos polos de produção aos centros de distribuição. Nesse sentido, elas são responsáveis pela construção das linhas de distribuição por todo o país.

A última atividade é a de distribuição. Ela consiste em levar a energia dos centros de distribuição aos consumidores finais. Ou seja, empresas distribuidoras abastecem residências, comércios, empresas, hospitais, escolas, entre outros.

Por que investir em energia solar?

Como você viu, o mercado está se adaptando a uma sociedade cada vez mais exigente e consciente quanto à preservação da natureza e à proteção do planeta. Nesse contexto, é esperado que empresas que atuam com modelos sustentáveis se destaquem.

No setor da energia, a tendência a produção de energia limpa — a partir de recursos renováveis e que não produzem resíduos poluentes — seja cada vez mais incentivada. Logo, a expectativa é que o mundo mude suas matrizes energéticas, especialmente para energia solar e eólica.

Por seu clima tropical, o território brasileiro possui alta incidência solar, superando os Estados Unidos e a Alemanha — líderes em produção de energia solar no mundo. Nesse sentido, o Brasil tende a ser promissor para investimentos nesse segmento.

Em 2022, o país superou 5 gigawatts (GW) de capacidade de produção de usinas fotovoltaicas. Ademais, a ANEEL já outorgou concessões para a construção de mais usinas solares, visando alcançar 51 GW de produção nos próximos anos.

Portanto, o investimento no setor de energia solar pode representar boas oportunidades. Contudo, é válido lembrar que não existem garantias. Ademais, essa é uma decisão individual e que deve ser tomada pelo investidor considerando o seu perfil e objetivos.

Como investir em energia solar?

Chegando até aqui, você pode estar interessado em investir no setor de energia solar no Brasil. Veja três entre as principais formas de se expor ao segmento!

Ações

As ações são a menor parte do capital social de uma empresa. Elas são negociadas na bolsa de valores. Assim, ao comprar ações, você se torna acionista do negócio e passa a compartilhar de eventuais lucros, mas também dos riscos.

Ao investir nesses ativos, você pode buscar lucros com a valorização dos papéis ou com o recebimento de proventos — como os dividendos. Na bolsa brasileira, é possível encontrar ações de empresas de energia que atuam no setor de energia solar.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento são modalidades de investimentos coletivos. Neles, os investidores (também chamados de cotistas) expõem o seu capital a uma carteira de investimentos montada por um gestor profissional.

As cotas são negociadas nas plataformas de corretoras de valores, e é possível encontrar no mercado fundos que priorizam o investimento em companhias que produzem energia limpa. Geralmente, os ganhos são obtidos com a valorização das cotas.

FIPs

FIP é a sigla para fundo de investimento em participação. Seu funcionamento é semelhante aos demais fundos, com a diferença de que os FIPs podem investir em companhias de capital aberto, fechado, sociedades limitadas ou em fase de desenvolvimento.

A proposta de um FIP é participar do crescimento de uma empresa. Dessa forma, é possível encontrar FIPs voltados para investimentos em companhias que produzem energia solar e alternativas sustentáveis.

Contudo, é preciso atenção: nos FIPs, as cotas somente poderão ser resgatadas ao término da duração do fundo ou caso seja deliberado de forma diversa em assembleia de cotistas. Portanto, antes de investir, é válido conferir o prospecto da modalidade e entender o seu funcionamento e estratégia.

Sabendo agora o que é a energia fotovoltaica, como ela funciona e as expectativas do setor, você tem mais uma opção de investimento para a sua carteira. Mas, antes de tomar uma decisão, não deixe de avaliar os riscos envolvidos, o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

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