O que é rentabilidade real e qual sua relação com a inflação?

O rendimento é uma das características importantes dos investimentos. Por isso, saber como fazer o cálculo de rentabilidade real de investimento é essencial. Esse conceito considera os impactos das condições econômicas nos seus ganhos.

Assim, a rentabilidade real está ligada ao comportamento da inflação e ajuda a medir o sucesso da sua estratégia em relação à perda do poder de compra do dinheiro. Desse modo, vale a pena saber o que o resultado representa e como você pode calculá-lo.

Na sequência, descubra o que é a rentabilidade real e entenda como ela se relaciona à inflação!

O que é rentabilidade real?

Na hora de entender os resultados do seu patrimônio, é importante saber como ele realmente evoluiu. Uma das formas de fazer isso é por meio do cálculo de rentabilidade real. Ela é dada pela variação dos investimentos após a inflação ser descontada.

Para que seja possível fazer o cálculo, é necessário usar a seguinte fórmula:

Rentabilidade real = [(1 + Taxa de rendimento) / (1 + Taxa de inflação)] – 1

Com essa equação fica claro que não basta subtrair a taxa da inflação do retorno obtido. Se o desempenho da carteira tiver sido de 10% e a inflação tiver sido de 6%, a rentabilidade real é de 3,77% — e não de 4%, como seria com a mera subtração.

Qual a relação da rentabilidade real com a inflação?

Como você viu, a rentabilidade real está diretamente relacionada à inflação. Então, quanto maior for o avanço de preços na economia, menor será o retorno efetivo do seu patrimônio. Por outro lado, uma inflação reduzida ajuda a diminuir os descontos que a rentabilidade do seu patrimônio sofre.

Além disso, é importante saber avaliar os resultados após utilizar a equação para achar esse rendimento. Uma rentabilidade real negativa, por exemplo, significa que o retorno obtido na sua carteira não foi capaz de superar a inflação.

Assim, mesmo que o patrimônio tenha avançado numericamente, o desempenho dele ficou abaixo da perda do poder de compra causada pela inflação. Logo, não houve um avanço concreto da sua carteira. Na prática, seu capital perdeu valor.

Qual é a diferença da rentabilidade real, líquida e nominal?

Agora que você entende o que é a rentabilidade real, vale a pena conhecer quais são as diferenças para os outros tipos de retorno que existem: o nominal e o líquido. Dessa forma, é possível saber como avaliar melhor a performance da sua carteira.

A rentabilidade nominal é o avanço bruto da sua carteira. Ele é dado pela relação entre o resultado do patrimônio e o que foi investido inicialmente. Se você tiver investido R$ 1.000,00 e esse capital crescer para R$ 1.100,00, significa que a rentabilidade nominal foi de 10%.

Já a rentabilidade líquida é dada pelo resultado da carteira com os descontos de taxas e impostos — como a alíquota do Imposto de Renda. Se você investiu R$ 1.000,00, teve um retorno que resultou em um capital de R$ 1.100,00 e custos de R$ 25,00, a rentabilidade líquida seria de 7,5%.

Por fim, a rentabilidade real, como vimos, considera a rentabilidade nominal e diminui a variação da inflação. Depois de calculá-la, você também pode fazer os descontos dos custos para encontrar o resultado líquido — já com desconto da inflação.

Como proteger os investimentos da inflação?

Agora você sabe que a rentabilidade real está diretamente ligada à inflação. Como a perda de poder de compra afeta seu patrimônio, os seus rendimentos precisam ser maiores quando houver um avanço de preços na economia.

Para alcançar esses resultados, vale pensar nos tipos de investimento do mercado financeiro que podem oferecer proteção contra a inflação. Na sequência, você conhecerá dicas importantes para proteger sua carteira.

Veja!

Faça investimentos atrelados ao IPCA

Uma das formas mais efetivas de obter rentabilidade real positiva é por meio dos investimentos atrelados à inflação. Eles correspondem a títulos de renda fixa com retorno híbrido —composto por uma taxa prefixada mais a variação do IPCA.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é a medida oficial da inflação na economia brasileira. Assim, o título híbrido garante rentabilidade real sempre positiva, independentemente do valor da inflação ao longo do tempo.

Um exemplo é o Tesouro IPCA, que é um título público. Ao investir nele até o vencimento da aplicação, seu retorno real será acima da inflação. Contudo, a taxa combinada não é garantida em caso de resgates antecipados.

Além do título público, você pode encontrar títulos privados, como certificado de depósito bancário (CDB), letra de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) com rentabilidade híbrida. A diferença deles para o Tesouro IPCA está no fato de que os títulos privados não contam com a segurança do Tesouro Nacional.

Contudo, esses títulos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O limite de cobertura do FGC é de até R$ 250 mil por CPF e por instituição — com limite global de R$ 1 milhão, que é renovável a cada 4 anos.

Se você quiser correr um pouco mais de riscos sem sair da renda fixa, pode ainda escolher títulos do crédito privado. Entre os exemplos estão as debêntures, o certificado de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Eles podem oferecer maiores juros, mas não têm proteção do FGC.

Diversifique a carteira para aumentar o potencial de ganhos

Como você viu, para obter uma rentabilidade real mais elevada é preciso ampliar o retorno nominal. Para tanto, pode ser interessante buscar investimentos com maior potencial de ganhos, que sejam alinhados ao seu perfil de investidor e ao prazo dos seus objetivos.

Nesse sentido, a renda variável oferece mais potencial de ganhos do que a renda fixa. Assim, diversificar a carteira ajuda a equilibrar investimentos mais conservadores com alternativas mais arriscadas e com maior potencial. Logo, a diversificação aumenta as chances de o retorno superar o IPCA.

É o caso de fazer investimentos na bolsa de valores — como alocar em ações e determinados fundos de investimento. Também existe a chance de investir no mercado internacional, o que pode gerar proteção contra as condições do mercado interno — incluindo a inflação.

Conte com a ajuda de uma assessoria de investimentos

Para traçar uma estratégia de investimentos mais robusta e aumentar sua expectativa de rentabilidade real é preciso conhecer bem as alternativas do mercado. Dessa maneira, você pode tomar decisões mais informadas e assertivas.

Por isso, vale a pena recorrer a uma assessoria de investimentos e ter acesso a informações confiáveis. Os assessores podem apresentar os investimentos, ajudar no acompanhamento das condições do mercado e tirar suas dúvidas, para lhe deixar mais preparado diante das escolhas para composição do seu portfólio.

Conseguiu entender o que é e como calcular a rentabilidade real? A partir desse conhecimento — e das dicas para montar sua estratégia —, você poderá proteger seus investimentos do avanço dos preços na economia!

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